03/09/2008

Voce está disposto a jejuar?

O próprio Senhor Jesus jejuou e ensinou acerca deste assunto.
O Sermão do Monte reserva uma de suas porções ao tema (Mt 6:16-18), prova de que jejuar é uma necessidade. Há alguns tipos de jejum – total, parcial, breve, longo, etc. Nesta semana a leitura de um texto bíblico chamou minha atenção para outro tipo de jejum, do qual nunca falamos.

Eis o que afirma Provérbios 18.8: As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem até o íntimo do homem. O mesmo provérbio é repetido em 26:22, prova de que o Espírito quer mais do que nos alertar sobre este assunto. Pois este é o jejum que os servos do Senhor devem se dispor a fazer – o jejum das palavras caluniadoras (inclua nisto fofocas, mentiras, exageros...).

Bem que Tiago nos alerta em sua Epístola sobre o potencial de destruição que a língua tem junto a uma comunidade cristã. Ele a assemelha a um pequeno fogo que pode incendiar uma floresta inteira (Tg 3:2-7). Os termos usados pelo irmão do Senhor, Tiago, são bem drásticos! Ele afirma que uma língua não controlada provoca incêndios com fogo infernal (Tg 3:6).
Impressionante a ênfase dada nesta Epístola à questão da língua.
Destaco ainda o que Tiago afirma em 1.26 Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo.

Pois quero propor hoje a todos os discípulos de Jesus um desafio: jejum de palavras maldosas ou caluniadoras. Explico: proponho que a partir de hoje você vigie com muita atenção todas as suas palavras, velando para que de sua boca não saia mentira, maldição, murmuração, fofocas, mexericos, calúnias, ou qualquer outro tipo de palavra que não sirva para edificar os irmãos ou glorificar a Deus.
Quem está disposto a jejuar este jejum?

Eis uma seleção de Provérbios nos quais peço que você medite:

Afaste da sua boca as palavras perversas, fique longe dos seus lábios a maldade. (4:24);

Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato. (10:19);

Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando. (13:3);

O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos. (16:28);

O homem sem caráter maquina o mal; suas palavras são um fogo devorador. (16:27);
As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos. (16:24);

O homem de coração perverso não prospera, e o de língua enganosa cai na desgraça. (17:20);

A conversa do tolo é a sua desgraça, e seus lábios são uma armadilha para a sua alma. (18:7);

Saborosa é a comida que se obtém com mentiras, mas depois dá areia na boca. (20:17);

Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento. (21:23);

Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda. (26:20).