24/08/2008

O número 666


O último verso de Apocalipse 13, diz literalmente: "Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é o número de um homem; ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis".

Esse misterioso número - seiscentos e sessenta e seis - tem criado muitos tipos de especulação entre os estudiosos da Bíblia. Para conhecer o significado desse número, é preciso conhecer algo de numerologia bíblica. Diferentemente da numerologia ocultista, que concede aos números poder para determinar o rumo e destino das pessoas e coisas, a numerologia bíblica é apenas simbólica.

O número sete, por exemplo, é símbolo de perfeição. [...] O número sete é mencionado 323 vezes na Bíblia e, em todas elas, refere-se a Deus e Suas obras de misericórdia e de juízo. O número sete é o símbolo de Deus, de Seu poder e de Seu governo.

Já o número seis é mencionado 92 vezes na Bíblia. Em todas elas se relaciona com o homem, sua natureza, suas obras, sua herança e seu destino. A Bíblia diz que o homem foi criado no sexto dia e, a partir dali, o número seis foi sempre símbolo do homem, e se relaciona com sua imperfeição. O ser humano só seria perfeito relacionando-se com seu Criador, simbolizado pelo número sete.

Sete é o número perfeito. Pertence a Deus e, portanto, simboliza o ideal divino. Seis é símbolo daquilo que não alcança a divindade. É símbolo do humano. Aproxima-se do número sete, mas nunca poderá alcançá-lo. Existe um abismo enorme entre o homem - identificado com o número seis da imperfeição - e o seu Criador, identificado com o número sete, completo e perfeito.

Portanto, se queremos identificar o símbolo do número 666, não podemos fazê-lo levados pelo fanatismo irracional e premeditado, tentando atribuir a essa ou àquela pessoa o título de besta de Apocalipse 13.

Existe um poder político/religioso, já o vimos. E esse poder é identificado, além de outras características, pelo número 666.

É o número seis repetido três vezes. Seis é o símbolo do homem, existe nesse poder um esforço humano desesperado e intensificado para alcançar a perfeição divina. Pretende ser Deus, mas não o é. Atribui-se prerrogativas divinas, mas não as tem. Exige dos homens adoração, mas não passa de um poder humano. Pode fazer o que quiser; exigir o que desejar, mas não passa de um poder humano.

É um engano que leva os homens a aceitarem o humano em lugar do divino. Que tranqüiliza as consciências dos homens, fazendo-os crer que servem a Deus, quando, na realidade, são súditos do inimigo, que vem disfarçado de religioso.